Predecessor de Jean Todt na FIA, da qual foi presidente entre 1993 e 2009, o sulfuroso Max Mosley morreu na segunda-feira aos 81 anos.
Ele é uma figura proeminente na história moderna do automobilismo, que faleceu na segunda-feira. Ex-presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA) por quase duas décadas, Max Mosley faleceu na segunda-feira aos 81 anos. Informação que o BBC conseguiu confirmar com o ex-grande tesoureiro da Fórmula 1 Bernie Ecclestone, uma personalidade próxima ao ex-líder britânico com quem fundou a era moderna da disciplina. Enquanto desfrutava de uma carreira amadora no automobilismo, Max Mosley ingressou no pequeno mundo do automobilismo por meio da Formula 1 Manufacturers Association (FOCA), da qual atuou como advogado. Jogando com sua influência no paddock, o londrino assumiu a chefia da International Motor Sport Federation (FISA) em 1991, sucedendo à forte personalidade que era o francês Jean-Marie Balestre. Durante a fusão entre a FISA e a FIA, Max Mosley assumiu como presidente do grupo até 2009.
Mosley, segurança como cavalo de pau
A presidência do britânico deu uma guinada após o trágico Grande Prêmio de San Marino de 1994, um fim de semana em que Roland Ratzenberger e depois Ayrton Senna perderam a vida. Max Mosley então trabalhou para melhorar drasticamente a segurança na Fórmula 1. Um compromisso que seu sucessor de 2019, Jean Todt, assumiu sozinho. Contudo, a personalidade de Max Mosley sempre teve um lado negro, principalmente por causa do passado de seu pai, Sir Oswald Mosley. Este último fundou o partido de extrema direita União Britânica de Fascistas e nunca escondeu uma certa simpatia pelo nazismo. O fim de seu mandato como chefe da FIA foi marcado por um escândalo sexual nazista revelado pelo tablóide Notícias do mundo. Ainda sobre o tema da melhoria da segurança no mundo automotivo, Max Mosley assumiu a direção da GlobalNCAP, associação que trabalha nessa direção, em 2011. É, portanto, uma personalidade que moldou o automobilismo atual que já faleceu.